Com 37 votos, o deputado
Leonardo Picciani (RJ) foi reconduzido ao cargo de líder da bancada do PMDB na
Câmara dos Deputados. Mais próximo ao Palácio do Planalto, Picciani venceu Hugo
Motta, que obteve 30 votos. Motta era o candidato do presidente da Casa, o
também peemedebista Eduardo Cunha (RJ).
Dos
71 deputados aptos a votar, dois não votaram em nenhum dos candidatos concorrentes
Além do apoio do governo,
Picciani teve a seu favor a ampliação da bancada na Câmara com o retorno de
titulares que ocupavam cargos no Executivo e foram exonerados para participar
das eleições de hoje à tarde. É o caso de Marcelo Castro, que foi exonerado do
cargo de ministro da Saúde somente para participar da votação.
Castro foi indicado para a
pasta por Picciani nas negociações com o Planalto na última reforma
ministerial. Os deputados Pedro Paulo (RJ) e Marco Antônio Cabral (RJ), que são
secretários no governo do Rio de Janeiro também deixaram seus postos para
participar da eleição, com a missão de apoiar a recondução de Picciani.
A escolha da liderança da
bancada do partido é uma das mais esperadas neste início de ano em função dos
reflexos que o nome terá sobre as decisões na Câmara, entre elas a pauta de
votações do governo e o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
A eleição de Picciani é
entendida como favorável ao Planalto e enfraquece uma parcela do PMDB que
defende o rompimento com o governo. A escolha também pode ter impacto no
destino de Cunha, que enfrenta um processo de cassação de mandato no Conselho
de Ética.
Maior bancada na Câmara, o
PMDB tem força sobre a tramitação de projetos importantes para o governo. Além
disso, também compete ao líder a indicação dos oito integrantes do partido na
comissão especial que analisará o pedido de impedimento da presidenta.
Fonte:
Agência Brasil
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