Imagem ilustrativa reproduzida da internet |
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira
(22) uma operação para desarticular um esquema de concessão fraudulenta de
benefícios previdenciários na Paraíba. A fraude era comandada por um médico
perito do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que concedia laudos
falsos. Segundo as investigações, o esquema gerou um prejuízo de R$ 89,9 mil.
A Operação Ravel contou com a participação do Ministério
da Previdência Social e também do
Ministério Público Federal. O esquema funcionava na Agência da
Previdência Social de Cabedelo, na Grande João Pessoa, onde o médico perito
atuava.
De acordo com a PF, o médico do INSS concedia laudos
falsos para possibilitar o deferimento indevido de benefícios previdenciários
por incapacidade para pessoas residentes em outras cidades, sobretudo em
Araçagi, e também em outros Estados, principalmente no Rio de Janeiro. Ele
orientava as pessoas a fornecerem endereço como sendo residentes em Cabedelo,
em troca de favores pessoais. Com base nos laudos falsos, a Previdência Social
era ludibriada e os benefícios previdenciários eram concedidos.
A Operação foi deflagrada nas cidades de Cabedelo,
Araçagi, Guarabira e Lucena. Equipes formadas pela Polícia Federal, Servidores
da Previdência Social e oficiais de Justiça estão cumprindo mandados de busca e
apreensão, medida cautelar penal de afastamento das atividades e medidas
cautelares penais de proibição de manter contato.
As medidas foram autorizadas por decisão do Juiz Federal
substituto da 1ª Vara da Seção Judiciária da Paraíba. Também estão sendo
intimados para prestar declarações e se submeterem a nova perícia médica 12 beneficiários
do esquema criminoso. Segundo a PF, será realizada, pelo INSS, uma auditoria em
todos os benefícios previdenciários concedidos com indícios de fraude na
Agência da Previdência Social em Cabedelo.
A investigação apontou que há indícios razoáveis da
autoria do médico perito nos crimes de estelionato contra entidade pública e
falsa perícia. Ele não foi preso, foi apenas afastado das atividades. Já os
beneficiários serão ouvidos e, dependendo de sua participação na fraude,
poderão ser indiciados nos crimes de estelionato e uso de documento falso.
Do
G1 PB
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