O agricultor Paulo Jorge do
Carmo Luiz de 40 anos de idade (foto), conhecido por Paulo de Mariinha, residente
no Sítio Tamanduá zona rural de Cacimbas interior da Paraíba foi encontrado morto
no açude do Sítio Cipó na manhã desta quinta feira (07/06), por familiares.
A principal hipótese da
morte de Paulo foi uma possível asfixia (sufocado), após o mesmo ter sofrido um ataque epiléptico e desmaiado já que ele sofria da doença epilepsia e não chegou a beber água. Ele foi encontrado com o corpo para fora da poça e a cabeça mergulhada na água e na lama. O corpo foi removido pela própria família. Segundo alguns parentes,
Paulo de Mariinha era considerada uma pessoas querida que sofria da doença
desde 2006,mas levava uma vida normal.
“Paulo havia suspendido o
uso dos remédios por conta própria a duas semanas e para agravar a situação
estava bebendo, quando fazia isso as crises eram frequentes, mas sempre tinha alguém
por perto para socorrer, dessa vez ele não teve a mesma sorte saiu para
trabalhar e caiu dentro da água e como não tinha ninguém por perto foi fatal”, revelou
um parente da vitima.
Algumas fotos do local onde Paulo foi encontrado:
POÇA DE ÁGUA ONDE FOI ENCONTRADO O CORPO DE PAULO |
FOTO DE REPRODUÇÃO DE PAULO |
Confira um artigo que trata da doença:
O
que é Epilepsia?
Por
Dra. Maria Eduarda Bécho Freitas Arger
Epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada
por crises epilépticas recorrentes. Uma crise convulsiva ocorre quando um grupo
de neurônios no cérebro envia descargas elétricas excessivas a outros neurônios
do cérebro. A intensidade e o tipo das crises dependem da região do cérebro
acometida e do quão acometida foi essa região.
Como podem ser essas crises?
A mais comum é a crise tônico-cônica ou convulsão, que
envolve o cérebro como um todo, a pessoa fica rígida, cai no chão e começa a
debater-se. Em outros tipos de crises a pessoa pode sentir um formigamento no
braço seguido por pequenos abalos porque a região do cérebro afetada comanda as
sensações e o movimento desse braço.
Também pode se manifestar como uma alteração de
comportamento, na qual a pessoa pode falar coisas sem nexo. Em outro tipo de
crise o paciente fica “ausente”, “fora do ar”, e não responde a chamados e não
faz nenhum tipo de contato com o meio.
O que fazer quando alguém tem uma crise?
1) Fique calmo, e tenha em mente que a crise em geral não
demora.
2) Coloque a pessoa deitada de lado, e se possível com a
cabeça elevada (com um travesseiro, por exemplo)
3) Remova da área objetos com os quais a pessoa pode se
ferir.
4) Não coloque nada na boca do paciente, e não prenda a
sua língua com colher ou outro objeto. Há uma crença popular que diz que a
língua do paciente enrola e pode ser engolida durante a crise. É IMPOSSÍVEL O
PACIENTE ENGOLIR A LÍNGUA! Se você introduzir algum objeto da boca do paciente,
pode acidentalmente quebrar os dentes da pessoa. E ATENÇÃO: você pode ter seus
dedos mordidos caso tente segurar a língua do paciente!
5) Não dê nada para a pessoa beber ou comer!
6) Nas seguintes situações, ligue para o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu/192):
• Se a crise durar muito tempo
• Se a pessoa tiver várias crises em um curto período de
tempo
• Se a pessoa não recuperar a consciência após a crise
Se eu tive só uma crise, devo procurar um médico?
SIM!!! Embora uma crise única não signifique que você tem
epilepsia, você deve procurar um médico para saber o que provocou esse
episódio. O diagnóstico, porém, só poderá ser feito a partir da segunda crise.
A chance de uma pessoa que teve uma só crise única ter a
segunda crise é mais ou menos 30%. Se iniciarmos o tratamento nesses casos,
estaremos tratando 70% das pessoas indevidamente, sem necessidade.
Já da segunda crise em diante, já temos outro cenário,
uma vez que 80 a 90% dos pacientes que tiveram a segunda crise podem ter a
terceira ou a quarta. Nesse último caso então as estatísticas justificam o
início do tratamento.
Referências
Epilepsia
Crises epilépticas e epilepsias ao longo da vida: 100
questões práticas- Liga Brasileira de Epilepsia- 2006
Epilepsia/Convulsão – Ataque Epiléptico
Dra. Maria Eduarda Bécho Freitas Arger
CRM-MG 52906 - Médica graduada pela Faculdade de Medicina
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Clique aqui para ver o
currículo Lattes
IMPORTANTE
Sempre procure um médico para diagnosticar doenças,
indicar tratamentos e prescrever medicamentos. As informações disponíveis neste
blog são de caráter exclusivamente informativo.
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