A educação brasileira deu alguns passos importantes no sentido de mudanças, porém, ainda insuficientes para se concretizar a escola dos sonhos que tanto queremos. Alguns anos atrás os professores se posicionavam perante seus alunos amontoados nas salas com as cadeiras enfileiradas como sendo os educadores detentores do saber enquanto que os estudantes ouviam as lições como meros expectadores acreditando serem as verdades absolutas sem questionar o porquê disto ou daquilo.
Os recursos eram
insuficientes, o professor contava apenas com quadro, giz e livro didático vindos
de outras realidades, a prioridade nem sempre era os alunos e sim atender a
burocracia de vencer os conteúdos que eram pensados e enviados a todas as
escolas como se fossem “alimentos enlatados” para serem engolidos sem nenhuma
reflexão. Um grupo de educadores que viviam nos escritórios eram os
responsáveis pelo abastecimento das unidades de ensino com modelos já prontos
para serem seguidos por todos.
Ainda hoje de vez enquanto,
nos deparamos com algumas dessas heranças deixadas pela educação tradicional,
que valoriza a “decoreba”, isto é que os alunos considerados bons são aqueles
que decoram os conteúdos e ficam calados o tempo todo sem questionar e sempre
obediente às ordens vindas de cima para baixo.
O que se deseja atualmente, é
que a escola priorize a formação de cidadãos críticos e de certa forma “livres”
para atuarem na sociedade que cada vez mais está seletiva e exigente. As relações
entre professores, alunos, e comunidade tem demostrado essa preocupação
nitidamente, pois não é mais o professor o único detentor do saber, todos
interagem e aprendem entre si numa relação horizontal da aprendizagem
respeitando cada realidade, cultura e o ritmo de cada um dos envolvidos, levando
em conta que cada ser é único e tem suas particularidades.
O ser humano é curioso por
natureza e tem a capacidade e necessidade de aprender sempre algo que desconhece
hoje com o advento das novas tecnologias e a informação disponível á todos, seria
impossível querer controlar, anular ou até mesmo esconder esse direito de
aprender que as pessoas têm. Seria um fracasso para a humanidade sem sombras de
dúvidas. Repito, muitos programas e projetos foram implantados a o longo dos
anos, mas apesar dos avanços ainda estamos muito longe de alcançarmos a escola
que queremos.
É preciso vontade política
dos nossos governantes, em priorizar a educação com a implantação de políticas
públicas sérias, voltadas para a valorização dos professores e dos demais
envolvidos no processo educativo, com mais respeito a o ser humano, com mais investimentos
nos recursos didáticos pedagógicos e na estruturação de nossas escolas, só assim
teremos dado um passo importante até por que a educação é a base da
transformação do homem e consequentemente do mundo.
Por:
Joseane de Souza Mendonça
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