O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde,
participará, no período de 8 a 21 de junho, de mais uma Campanha Nacional de
Vacinação Contra a Poliomielite. Esta é a 34ª edição da campanha e o 24º ano
sem a doença no país. A meta na Paraíba, segundo informou a chefe do Núcleo de
Imunização da SES, Isiane Queiroga, é vacinar 265.521 mil crianças de 6 meses a
menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), o equivalente a 95% do
público-alvo. Para tanto, já estão sendo distribuídas 368 mil doses da vacina
com os municípios.
A abertura oficial está prevista para as 8h deste sábado
(8), no Parque Arruda Câmara (Bica), em parceria com a Prefeitura Municipal de
João Pessoa. O evento contará com a participação da turma do Zé Gotinha,
pula-pula, entre outras atrações. A entrada no dia do evento será gratuita para
crianças e acompanhantes. Em todo o Estado a campanha irá contar com 2.377 mil
postos de vacinação e com a participação de 6.650 pessoas. No ano passado,
295.190 mil crianças foram vacinadas, o que representa 97,95% da
população-alvo. O índice superou a meta prevista de 95%.
Isiane Queiroga explicou que o objetivo da campanha é
manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para
erradicação da Pólio com altas coberturas vacinais com homogeneidade e mantendo
a adequada vigilância das Paralisias Flácidas Agudas. “A vacina confere
proteção contra os três sorotipos do poliovírus (1, 2 e 3), tendo eficácia em
torno de 90 a 95% com a administração de três doses”, explicou Isiane Queiroga.
Ela garante que não há contra indicações absolutas para
esta vacina. Porém orienta adiar a aplicação nas seguintes situações: pessoas
portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38ºC; com hipersensibilidade
conhecida a algum componente da vacina (estreptomicina ou eritromicina); reação
anormal a esta vacina em anos anteriores; imunidades deficientes (tratamento
com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência
imunológica congênita) e com história de paralisia flácida associada à vacina,
após dose anterior da vacina.
A vacinação contra a paralisia infantil é administrada
via oral, e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante
todo o ano nos postos de saúde para as vacinações de rotina. O Ministério
alerta que todas as crianças menores de 5 anos tomem as duas doses da vacina
durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.
A orientação é para que os pais ou responsáveis procurem informações junto à
Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação e
horário de funcionamento.
Segundo o Ministério da Saúde, durante o dia de vacinação
contra a poliomielite equipes de saúde aproveitam para atualizar o cartão de
vacinas da criança, com vacinas contra doenças como coqueluche, sarampo,
difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de vacinas ocorre apenas
em postos fixos.
Eficácia - A chefe do Núcleo de Imunização da Paraíba
afirma que a vacina é uma forma segura e eficaz de ficar imunizado contra
determinadas doenças. Mas não é só por isso que manter o cartão de vacinas
atualizado é tão importante. “Se a gente pensar direitinho, a vacina pode ser
considerada um ato cívico, já que uma pessoa imunizada tem menos chances de
transmitir doenças para a sua comunidade”, comentou Isiane Queiroga.
Ela lembra que a prevenção e erradicação de doenças foram
possíveis graças à utilização massiva da vacina, a exemplo da varíola, que foi
erradicada no mundo inteiro, e da paralisia infantil, erradicada da América. A
estimativa é de que as vacinas impedem 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo. Para os bebês, a importância é ainda maior. Como não
possuem o sistema imunológico formado, eles têm mais chances de contrair
doenças, e é por esse motivo que há vacinas também para recém-nascidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre
do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi
registrado na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde
(OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver
circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a
vacinação.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave,
causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá
principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é
infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando
paralisia, principalmente nos membros inferiores.
Secom-pb
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