Aposentada acusa médico de erro médico na
Paraíba (Foto: Walter Paparazzo/G1)
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A aposentada Carmelita Barbosa dos Santos, de 60 anos,
denunciou na manhã desta quinta-feira (20) que a irmã dela, a também aposentada
Maria do Carmo Barbosa da Silva, de 71 anos, morreu em decorrência de uma
medicação errada que teria tomado no Hospital Memorial São Francisco,
localizado no bairro da Torre, em João Pessoa. De acordo com Carmelita, a irmã
dela deu entrada no hospital para fazer um exame de cateter na tarde do sábado
(15) e morreu na manhã desta quinta-feira (20).
O G1 entrou em contato com a direção do Hospital Memorial
São Francisco, que informou que não falaria sobre o caso, que já está sob a
responsabilidade do setor jurídico e que vai processar a família para que ela
prove na Justiça a acusação que faz contra o hospital e também órgãos de
imprensa que veicularem a denúncia.
A irmã da paciente contou que o médico afirmou que o
procedimento seria rápido e que a irmã dela iria para casa ainda na noite do
sábado. “O médico, com uma hora depois, disse que a veia da minha irmã estava
obstruída e que ela precisava ficar internada, já que ela estava anestesiada e
que precisava ficar na UTI para receber alta no domingo”, disse Carmenlita
Barbosa. Segundo ela, o médico disse que o procedimento na irmã dela só seria
feito com a compra de dois aparelhos, que custariam R$ 3,5 mil e R$ 11 mil cada
um.
No domingo à tarde, Carmelita disse que chegou a
conversar com a irmã e que ela estava se sentindo bem, pedindo para ir para
casa. “Nesse momento, eu olhei para os soros, eu acredito que foi Deus que
guiou os meus olhos, e vi que estavam escritos dois nomes de pacientes nos
soros. Então, eu cheguei para a chefa de enfermagem e contei o erro. A enfermeira
trocou os rótulos com os nomes, mas deixou a mesma medicação”, relatou.
Segundo a aposentada, na segunda-feira (17) ela se
surpreendeu ao constatar que a irmã dela havia sido entubada. “Quando eu
conversei com o médico, ele disse que estava tão surpreso quanto eu, já que não
tinha sido avisado”, acrescentou.
Carmelita Barbosa disse ainda que o Hospital Memorial São
Francisco não comunicou à família que Maria do Carmo Barbosa havia tido piora
médica e que, desde então, não teve mais contato com a equipe médica que
atendeu a irmã dela. "Não recebemos nenhuma explicação, todo mundo
desapareceu", completou.
A aposentada afirmou que duas pessoas que estavam no
hospital disseram ser parentes dos pacientes que tinham os nomes nos soros
administrados na irmã dela. “E o hospital ainda diz que não foi erro, que foi
coincidência, que foi o acaso, que poderia ter acontecido em qualquer
lugar?", questionou.
Do
G1 PB
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