Durante entrevista coletiva na 2ª Delegacia Regional de
Polícia Civil, em Campina Grande, na manhã desta quarta-feira (5), as
autoridades confirmaram que a mãe do garoto Lucas Pereira, 11 anos, encontrado
morto em uma casa abandonada na zona rural de Alagoa Nova (a 99 km de João
Pessoa, no Agreste paraibano) foi a mandante do assassinato contra o próprio
filho. O executor, segundo a polícia, foi José Júnior Silvino dos Santos, 26
anos, apontado como amante de Maria da Conceição Pereira, 31 anos. Ela
costumava usar vários nomes para ser identificada.
De acordo com as investigações, a acusada conheceu o
rapaz há apenas um mês e como a criança havia flagrado os dois se beijando, o
objetivo do crime era omitir o romance “proibido” dos dois, já que ela é casada
com o pai do menino. Maria, de acordo com as investigações policiais, presenciou o assassinato de Lucas e ainda
teria perguntado ao amante se ele tinha certeza de que a criança estava morta.
A acusada também teria oferecido em torno de R$ 1 mil para que o amante
cometesse o assassinato.
Segundo a polícia, no dia 27 de maio, Maria da Conceição
e José Júnior colocaram a criança numa moto e a levaram para uma casa
abandonada, na zona rural de Alagoa Nova. No local, o menino foi estrangulado
com as mãos e depois pendurado em uma janela com um fio amarrado no pescoço.
Como o corpo permaneceu por seis dias naquele lugar,
entrou em estado de decomposição avançada e, relatam os policiais, alguns
cachorros que circulavam pelo imóvel passaram a se alimentar do cadáver. O que
os acusados não sabiam é que um agricultor viu quando eles entraram no local do
crime junto com a criança. Ele se tornou a principal testemunha do caso.
Maria da Conceição ainda chegou a fazer um boletim de
ocorrência alegando o desaparecimento da criança, três dias depois do
assassinato, e tentou despistar os policiais levando-os para locais distantes,
além de espalhar cartazes com a foto do filho que, até então, era dado como
desaparecido. O corpo de Lucas só foi achado na última segunda-feira (3).
De acordo com as informações divulgadas na entrevista
coletiva, a direção do presídio do Serrotão, em Campina Grande, já emitiu um
comunicado afirmando que os dois acusados correm sérios riscos se forem
colocados em celas com outros apenados daquela unidade e por isso o casal está
temporariamente detido na Central de Polícia até que seja definido o local
exato onde os dois vão cumprir pena por homicídio triplamente qualificado.
O delegado Marcos Paulo disse que Maria da Conceição
confessou ter encomendado o crime, depois de passar muito tempo negando em um
longo depoimento. À imprensa, ela disse que não é responsável pelo assassinato
e ainda culpa o amante. José Júnior confessa que matou a criança, mas reafirma
que ordenado pela mãe da vítima e confirma ter recebido uma oferta de R$ 1 mil
para cometer o homicídio.
Fonte: Vitrine do Cariri
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