A Polícia Civil prendeu, na
manhã desta quinta-feira (30), em João Pessoa, 15 suspeitos de desviar mais de
R$ 100 mil com a prática do ‘golpe do massageador’. O bando, composto por
pessoas da Paraíba, Pernambuco, Maranhão, Espírito Santo, São Paulo e Minas
Gerais, mantinha escritório e depósito de equipamentos no bairro de Jaguaribe.
Vários documentos que
comprovam as fraudes foram apreendidos. Segundo o delegado Lucas Sá, da
Delegacia de Defraudações e Falsificações, a quadrilha tinha atuação em vários
estados há pelo menos oito meses. Estima-se que pelo menos 1.500 aparelhos
tenham sido comerciados de forma fraudulenta no país, gerando prejuízo superior
a R$ 2,7 milhões.
Na Paraíba o golpe vinha
sendo praticado há aproximadamente um mês, já tendo feito mais de 50 vítimas e
obtido lucro superior a R$ 100 mil. As negociações aconteceram em João Pessoa,
Patos e Cajazeiras. Ainda conforme o delegado, o ‘golpe do massageador’
consistia na venda de aparelhos por valores exorbitantes, utilizando de
informações falsas para justificar os preços.
“Os suspeitos
apresentavam-se como representantes de uma empresa de Contagem, em Minas
Gerais, e ofereciam o produto a um valor inicial de R$ 3.800, garantindo que o
produto seria milagroso e teria a cura para várias doenças articulares. Na
verdade, o aparelho negociado é um simples aparelho de massagem, sem qualquer
característica fora do normal, cujo valor de mercado gira em torno de R$ 80 a
R$ 120, de maneira que os golpistas conseguiam obter um lucro elevado por cada
negociação”, explica Lucas Sá.
Os suspeitos foram autuados
por estelionato e associação criminosa. “A DDF seguirá nas diligências
necessárias ao esclarecimento de toda a conduta criminosa, de maneira que mais
pessoas deverão ser presas nas próximas horas e todos os suspeitos poderão
responder a outras condutas criminosas, como crimes tributários e lavagem de dinheiro,
a depender do andamento das investigações”, completa o delegado. Quem souber
algo sobre a quadrilha pode efetuar denúncia pelo telefone 197, que garante
sigilo ao informante.
Portal
Correio
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