Mais de 23 mil escolas rurais do Ensino Fundamental são fechadas nos últimos anos
Pelo menos 23.600 escolas da
zona rural foram fechadas de 2008 até agora, a ação se deve as dificuldades
financeiras encontradas pelos municípios brasileiros, é o que revela o Ministério
da Educação e Cultura - MEC. Uma reportagem exibida na tarde da última segunda
feira 05 de março de 2017 pelo Jornal Hoje da Rede Globo de Televisão, mostrou
o drama enfrentado por estudantes de Pirassununga no interior de São Paulo, que
precisam se deslocar por quase duas horas para estudarem.
Os problemas são antigos, em
Cacimbas, cidade do interior da Paraíba, por exemplo, foram fechadas duas
escolas da zona rural este ano, sendo elas: Gonçalo Pereira no sítio Fundamento
de Baixo e Joaquim Alexandre na comunidade do Flamengo. Os fatores que cooperam
para o encerramento das atividades escolares na zona rural são recorrentes e se
devem principalmente, a diminuição do número de matrículas nessas localidades.
De acordo com dados
estatísticos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, a cada ano que
se passa o número de alunos matriculados em escolas rurais diminuem
significativamente. A situação se deve também a diversos fatores como: a
migração das famílias do campo para as cidades, planejamento familiar, onde os
casais passaram a ter menos filhos, independência e ascensão da mulher ao mercado
de trabalho formal, melhor assistência da saúde com a distribuição e promoção
dos métodos anticoncepcionais, dentre outros.
Em governos passados, nesse
mesmo município de Cacimbas, foram fechadas outras unidades escolares, como foi
o caso da Jordão Rodrigues, localizada na comunidade do São João, a Cícero
Cardoso no Distrito de São Sebastião e a escola da comunidade quilombola de Chã
e Aracati, a José Inácio do Carmo. Todos os estudantes dos referidos setores,
foram remanejados para outras escolas mais próximas com melhores condições.
A Prefeitura de Cacimbas não
está sendo contra a reabertura da unidade escolar quilombola da Chã, que fica a
1 km de distância do Distrito de São Sebastião, para onde as crianças foram
levadas, pelo contrário, está mostrando os pontos a serem considerado diante da
situação em que o prédio se encontra completamente deteriorado, o que segundo
os gestores, é mais viável fazer o remanejamento dos estudantes de forma segura,
ao invés de tentar recuperar o imóvel abandonado.
Os parlamentares de situação,
disseram no domingo 05/03 que respeitam as opiniões populares, mas lamentam que
algumas pessoas leigas estejam sendo manipuladas através da politicagem baixa,
pois os vereadores devem agir com responsabilidade e não ceder a provocações,
inclusive aqueles de oposição, onde dois deles são experientes no assunto,
conhecem as leis e sabem perfeitamente que a função do legislativo é fiscalizar
e não gerar despesas para o executivo.
Segundo o MEC, as escolas
públicas só conseguem funcionar com autonomia financeira se for através dos
Conselhos Escolares, formados por representantes dos estudantes maiores de 18
anos de idade, representantes de pais de alunos, diretores educacionais,
representantes dos professores daquele educandário, membros da própria
comunidade e ter no mínimo 101 alunos devidamente matriculados.
Sendo assim, poderão aderir
ao Plano de Desenvolvimento Educacional- PDE, que por sua vez, abrange o
Programa do Dinheiro Direto nas Escolas, o chamado (PDDE INTERATIVO), assim
como, o Programa Nacional do Livro Didática- PNLD dentre outros, do contrário,
as unidades escolares funcionarão precariamente, dependendo exclusivamente dos repasses
dos 40% oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB.
SECOM/PMC
com o G1/ foto de Arruda Cacimbas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário