sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Botijão de gás de cozinha ficará mais caro 12,2% a partir desta quarta feira 6


A Petrobras anunciou nesta terça (5), no Rio de Janeiro, o reajuste de 12,2% para o gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial, o chamado gás de cozinha, vendido em botijões de até 13 quilos. O aumento foi decidido pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp) da empresa e começa a vigorar a partir desta quarta-feira (6). De acordo com o Sindicato de Revendedores de Gás na Paraíba, ainda não é possível saber quanto ficará o preço médio do gás de cozinha no estado.

Segundo a Petrobras, o grupo considerou para efeito de ajustes nos preços do gás para uso residencial o cenário externo de estoques baixos, além dos reflexos de eventos climáticos, como o furacão Harvey, na maior região exportadora mundial do produto, que é a cidade de Houston, no Texas, Estados Unidos, cujos terminais permanecem fora de operação, o que afeta o mercado internacional.

Com a menor disponibilidade de gás, os mercados consumidores, inclusive o brasileiro, sofreram aumento de preço. A estatal afirmou, entretanto, que o reajuste aplicado "não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional". O Gemp fará nova avaliação do comportamento do mercado no próximo dia 21. A Petrobras destacou que o reajuste previsto foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos.

Se for integralmente repassado aos preços ao consumidor, a empresa indicou que "o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reajustado, em média, em 4,2% ou cerca de R$ 2,44 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos". A Petrobras reajustou também os preços de venda às distribuidoras do GLP destinado aos usos industrial e comercial. O aumento médio de 2,5% entra em vigor nesta quarta-feira (6).

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) estimou que o reajuste para o gás residencial ficará entre 11,3% e 13,2%, de acordo com o polo de suprimento. Como o aumento não repassa de forma integral a variação de preços do mercado internacional, a entidade calculou que o preço do produto destinado a embalagens até 13 quilos ficará 16,56% abaixo da paridade de importação.

Segundo o Sindigás, isso inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento. Em relação ao reajuste nos preços do gás industrial, para embalagens acima de 13 quilos, o Sindigás indicou que a variação será entre 2,4% a 2,6%, dependendo do polo de suprimento.

O sindicato externou preocupação com o reajuste para o gás industrial, porque "afasta ainda mais o preço interno dos valores praticados no mercado internacional, impactando justamente setores que precisam reduzir custos". De acordo com o Sindigás, esse aumento levará o valor do produto destinado a embalagens maiores que 13 quilos a ficar 39,94% acima da paridade de importação.


Fonte: Portal Correio

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