A Petrobras quer que a
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja condenada a devolver, com seu marido, o
ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, o valor de R$ 1 milhão aos cofres
da empresa. O empresário Ernesto Klueger também é alvo da cobrança. O pedido
foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que a senadora foi denunciada
por corrupção e lavagem de dinheiro.
Nas alegações finais sobre o
caso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que os três réus,
além de condenados, fossem obrigados a pagar R$ 4 milhões em indenização aos
cofres públicos, quatro vezes mais do que o R$ 1 milhão que teriam sido
desviados da Petrobras para irrigar a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.
Segundo a denúncia
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Bernardo teria
solicitado a quantia ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que teria
providenciado o pagamento por meio do doleiro Alberto Yousseff.
Na condição de auxiliar de
acusação, a Petrobras pediu que, a partir dessa indenização, seja ressarcida
em, ao menos, R$ 1 milhão, valor “inequivocamente, desviado dos cofres da
requerente [Petrobras], através de estratagemas acuradamente analisados e
reconhecidos pela acusação em suas considerações finais”.
No requerimento, a Petrobras
volta a afirmar ter sido a maior vítima dos esquemas de corrupção revelado pela
Operação Lava Jato desde 2014. Até a publicação da reportagem, a Agência Brasil
não conseguiu contato com os acusados. A senadora Gleisi Hoffmann e o
ex-ministro Paulo Bernardo sempre negaram qualquer irregularidade.
“A requerida [senadora]
jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito,
especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na
medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente
aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou a defesa de Gleisi Hoffmann no curso
da ação penal.
Fonte:
Vitrine do Cariri
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