domingo, 15 de dezembro de 2013

Enfermeiros denunciam privilégio de médico e descaso no Hospital Regional de Patos



A reportagem acompanhou a revolta dos familiares do jovem Paulo César de Sousa, 33 anos, solteiro, residente na zona rural de São Mamede – PB, que sofreu um acidente de moto neste domingo, dia 15, por volta das 11:30h nas proximidades do sítio onde reside. A vítima teve lesões pelo corpo e foi levado pelos familiares para o Hospital de São Mamede que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU de Santa Luzia – PB por não ter condições de atender o caso.

A vítima foi socorrida ao Hospital Regional de Patos em estado gravíssimo. Paulo César colidiu sua moto com outra que estava sendo conduzida por Naldo Lucena. Naldo também foi levado ao Hospital de Patos, porém com lesões mais leves e sem risco de morte. Paulo quando chegou ao Hospital Regional de Patos foi encaminhada para a área vermelha onde teria que passar por intervenção médica com urgência. 

O tumulto e a revolta dos familiares começou quando se passou mais de uma hora e o médico responsável pelo plantão não apareceu para tratar da vítima. Uns diziam que ele estava no almoço, outros que ele estava no bloco cirúrgico, alguns diziam que o médico estava vindo e enquanto isso o paciente tendo seu estado de saúde agravado cada vez mais.

Os familiares chegaram a ameaçar prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil - DPC, pois a responsabilidade da morte do jovem deveria recair sobre o estado por omissão de socorro. Um enfermeiro confessou a reportagem que o médico Dr. Wostenildo Crispim na verdade estava em casa e deveria estar no Hospital Regional de Patos desde as 07:00h da manhã, mas já era por volta das 13:30h e o médico não havia chegado mesmo estando em Patos.

“A gente liga dizendo a gravidade do caso e o médico que está na sua bela casa diz que já vem, já vem e nada de chegar. Essa não é a primeira vez que ele (Dr. Wostenildo Crispim) faz isso. Tem hora que quem atende é a esposa dele que até demonstra chateação quando recebe a ligação. Eu fico revoltada, mas não posso fazer nada”, diz uma enfermeira que pediu para não ser identificada.

A reportagem tentou contato com a diretora do Hospital Regional de Patos, Sílvia Ximenes e também tentou contato com o diretor clínico, Dr. Adilson para esclarecer as denúncias. Todas as tentativas foram infrutíferas.

Em contato com outro profissional, que tem mais de 10 anos de serviços prestados no Hospital Regional de Patos, foi dito que a situação está ficando insustentável e cabível de intervenção administrativa, pois são inúmeros acontecimentos que deixam qualquer funcionário sem acreditar que absurdos aconteçam sem que ninguém tome as devidas providências.

Jozivan Antero – Patosonline.com

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