A
reportagem acompanhou a revolta dos familiares do jovem Paulo César de Sousa,
33 anos, solteiro, residente na zona rural de São Mamede – PB, que sofreu um
acidente de moto neste domingo, dia 15, por volta das 11:30h nas proximidades
do sítio onde reside. A vítima teve lesões pelo corpo e foi levado pelos
familiares para o Hospital de São Mamede que acionou o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência – SAMU de Santa Luzia – PB por não ter condições de atender o
caso.
A
vítima foi socorrida ao Hospital Regional de Patos em estado gravíssimo. Paulo
César colidiu sua moto com outra que estava sendo conduzida por Naldo Lucena.
Naldo também foi levado ao Hospital de Patos, porém com lesões mais leves e sem
risco de morte. Paulo
quando chegou ao Hospital Regional de Patos foi encaminhada para a área vermelha
onde teria que passar por intervenção médica com urgência.
O tumulto e a
revolta dos familiares começou quando se passou mais de uma hora e o médico
responsável pelo plantão não apareceu para tratar da vítima. Uns diziam que ele
estava no almoço, outros que ele estava no bloco cirúrgico, alguns diziam que o
médico estava vindo e enquanto isso o paciente tendo seu estado de saúde
agravado cada vez mais.
Os
familiares chegaram a ameaçar prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil -
DPC, pois a responsabilidade da morte do jovem deveria recair sobre o estado
por omissão de socorro. Um enfermeiro confessou a reportagem que o médico Dr.
Wostenildo Crispim na verdade estava em casa e deveria estar no Hospital
Regional de Patos desde as 07:00h da manhã, mas já era por volta das 13:30h e o
médico não havia chegado mesmo estando em Patos.
“A
gente liga dizendo a gravidade do caso e o médico que está na sua bela casa diz
que já vem, já vem e nada de chegar. Essa não é a primeira vez que ele (Dr.
Wostenildo Crispim) faz isso. Tem hora que quem atende é a esposa dele que até
demonstra chateação quando recebe a ligação. Eu fico revoltada, mas não posso
fazer nada”, diz uma enfermeira que pediu para não ser identificada.
A
reportagem tentou contato com a diretora do Hospital Regional de Patos, Sílvia
Ximenes e também tentou contato com o diretor clínico, Dr. Adilson para
esclarecer as denúncias. Todas as tentativas foram infrutíferas.
Em
contato com outro profissional, que tem mais de 10 anos de serviços prestados no
Hospital Regional de Patos, foi dito que a situação está ficando insustentável
e cabível de intervenção administrativa, pois são inúmeros acontecimentos que
deixam qualquer funcionário sem acreditar que absurdos aconteçam sem que
ninguém tome as devidas providências.
Jozivan Antero – Patosonline.com
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