Francisco, o primeiro
latino-americano a comandar a Igreja Católica, 'mudou o tom, a percepção e o
enfoque de uma das maiores instituições do mundo com um extraordinário peso',
disse Nancy Gibbs, editora da revista Time, ao fazer o anúncio no canal NBC. A
prestigiosa revista americana destacou o papel do ex- arcebispo de Buenos Aires
Jorge Mario Bergoglio para "comprometer" uma Igreja que tem 1,2
bilhão de fiéis no mundo a "enfrentar as necessidades mais profundas e equilibrar
seu julgamento com piedade".
"Raramente um novo
personagem no cenário internacional capturou tanta atenção tão rápido - jovem
ou velho, crente ou cínico - como o Papa Francisco", escreveu Gibbs a
respeito de Jorge Bergoglio, de 76 anos. Bergoglio foi escolhido no dia 13 de
março, em um conclave, como sucessor do Papa Bento XVI – que renunciou em
fevereiro, em um movimento inédito na história moderna da Igreja Católica.
Primeiro latino-americano e
primeiro jesuíta a ser eleito Papa, Francisco mostrou, desde o início do
pontificado, um estilo próprio, de humildade e sem pompas, em uma tentativa de
reaproximar a Igreja de seus fiéis. O Vaticano reagiu à escolha com a afirmação
de que o anúncio "não é surpreendente, levando em consideração a ressonância
e a ampla atenção dada ao Papa Francisco e ao início do novo papado", e
destacou o "sinal positivo" de que tenha recebido "um dos
reconhecimentos mais prestigiosos da imprensa internacional".
"O Papa não busca a
fama ou o sucesso porque está a serviço do Evangelho de Deus, de amor para
todos. Se a escolha como personalidade do ano significa que as pessoas
entenderam, ao menos implicitamente, esta mensagem, então o deixará
definitivamente feliz", afirmou o porta-voz da Santa Sé, o padre Francisco
Lombardi.
Snowden
Depois do Papa, veio o
ex-consultor da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) Edward Snowden, que
revelou o programa secreto de espionagem do governo americano.
Francisco foi "uma
escolha muito interessante este ano", afirmou Nancy Gibbs, editora da
revista Time, ao anunciar o nome no canal NBC. "Ele mudou o tom, a
percepção e o enfoque de uma das maiores instituições do mundo com um
extraordinário peso", disse.
A
prestigiosa revista elege a personalidade do ano desde 1927. A pessoa escolhida
ocupa a capa da edição de fim de ano da revista.
Entre os cinco finalistas,
estavam ainda a americana Edith Windsor, que venceu um caso na Suprema Corte do
país sobre os direitos dos casais homossexuais; o presidente sírio Bashar
al-Assad, que permanece no poder apesar das pressões internacionais; e o
senador americano Ted Cruz, responsável pela estratégia republicana para forçar
a paralisação do governo federal há alguns meses.
No ano passado, o escolhido
havia sido o presidente americano Barack Obama. Em 2011, a personalidade do ano
foi a figura genérica do "manifestante", em um reconhecimento às
pessoas de todo o mundo, em particular do Oriente Médio e norte da África, que
saíram às ruas para lutar por seus direitos na denominada "Primavera
Árabe".
VITRINE
DO CARIRI
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