A morte do radialista
Ivanildo Viana, assassinado ao sair do trabalho em 2015, custou R$ 75 mil pagos
em dinheiro. Foi o que revelou o delegado de Homicídios de Santa Rita, Carlos
Othon, durante entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (29),
para explicar a Operação Sintonia, dedicada ao caso.
De acordo com ele, mesmo
desvendando todo o esquema montado para a realização do crime, não se sabe
ainda quem foi o mandante.
“As investigações continuam
porque não se avançou até o mandante do crime. Por isso não temos como falar em
motivação porque a motivação para a morte do radialista está atrelada a quem
mandou. Não descartamos qualquer linha de investigação, mas por enquanto é o
que podemos falar”, disse o delegado.
Durante a coletiva, Carlos
Othon revelou que não foi detectado nas investigações qualquer ameaça a
Ivanildo. “Checamos o celular, redes sociais e não foi constatado que ele
estivesse sofrendo ameaça de morte”, garantiu.
A Polícia Civil sabe que o
suspeito em articular a morte de Ivanildo foi o ex-policial militar Arnóbio
Fernandes. Ele teria recebido o valor de R$ 75 mil para realizar o serviço.
Conforme o delegado, Arnóbio teria entrado em contato com Erivaldo Batista e
Olinaldo Vitorino, também ex-policiais, e também com Eliomar Brito (vulgo Má)
que teriam sido os responsáveis em contratar Francisco das Chagas (vulgo
Cariri), Valmir Ferreira (vulgo Cobra) e Célio Martins, responsáveis pela
execução do crime.
De acordo com o delegado,
Eliomar e Erivaldo já estavam presos, um no Róger e o outro no Sílvio Porto,
presídios de João Pessoa. Já Olinaldo estava cumprindo semiaberto do presídio
de Bayeux, na região metropolitana. Na semana passada, Arnóbio Fernandes chegou
a ser detido por porte ilegal de arma e se encontra no 5º Batalhão da Polícia
Militar.
Dos envolvidos, apenas Célio
Martins ainda está solto, mas os advogados dele garantiram que o apresentariam
nos próximos dias. Nesta terça, os policiais civis prenderam, dentro da
Operação Sintonia, Valmir Ferreira, Francisco Chagas e Olinaldo Vitorino. Eles
aguardam a audiência de custódia que ainda não tem data para acontecer.
Quatro suspeitos estavam em
um Gol Rallye de cor branca e um outro em uma moto vermelha na frente do local
de trabalho de Ivanildo. Ao sair do trabalho, ele foi seguido até a BR-101. No
caminho, um dos passageiros do carro desceu e subiu na garupa da moto. Ele é
apontado pela polícia como o responsável por efetuar os quatro disparos que
atingiram o radialista. Ele morreu no local.
Portal
Correio
Nenhum comentário:
Postar um comentário