Não bastasse a seca que vem castigando os rebanhos de
caprinos e bovinos dos municípios do semiárido nordestino, os lixões a céu
aberto têm se tornado um problema a mais para os pequenos criadores que não tem
mais onde buscar ração para seus animais.
Em Taperoá, a implantação de um Aterro Sanitário que
deveria ser uma solução, se tornou um problema. Na obra, foram investidos R$
868.144,07 que previa além do aterro, a construção de uma Central de Triagem de
Resíduos que possibilitaria a intensificação da coleta seletiva.
De acordo com o projeto, nessa Central seria feita a
triagem do lixo com reaproveitamento de materiais como plástico, vidro, lata e
papéis que seriam destinadas ao aterro, possibilitando ganho para as pessoas
que trabalham como catadores e com reciclagem.
O dinheiro "sumiu" e o aterro não
"apareceu" segundo informações dos moradores do sitio Panaty, que
viram o terreno de 2 hectares se transformar em mais um lixão a céu aberto.
Com sede e fome, os animais se alimentam de tudo o que
encontram pela frente no lixão. No assentamento José Moreira, as estradas de
terra se transformaram em cemitério a céu aberto onde centenas de carcaças de
animais ficam expostas ao tempo. Com um detalhe: as ossadas dos animais
revelaram uma enorme quantidade de sacos plásticos que foram ingeridos.
O Ministério Público proibiu que o lixo fosse depositado
no local e acionou o poder público para retirar tudo o que foi posto lá. Mas,
segundo os assentados, a prefeitura fez a retirada do lixo de forma irregular e
as caçambas que faziam o transporte do lixo não usavam lona para cobrir a
carga, deixando um rastro de material plástico espalhado por toda região.
Procurado durante esta terça-feira (26), o prefeito de
Taperoá, Jurandi Pileque, não foi encontrado para dizer quais as providências
serão adotadas administração municipal.
VITRINE
DO CARIRI
Chico
Lobo/ Foto: Valtecio Rufino
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