Os sites do Tribunal
Regional do Trabalho (TRT) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) foram
retirados do ar na tarde desta sexta-feira (12) após o ataque cibernético que
atingiu mais de 70 países. Segundo o especialista em tecnologia, Niedson
Almeida, várias empresas da Paraíba teriam sido afetadas pelo problema.
O
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) informou ao Portal Correio que
os atendimentos desta sexta-feira (12) foram cancelados em virtude da ameaça e
serão reagendados. Instituições públicas e
empresas providenciaram o desligamento de sistemas no que pareceu uma corrida
emergencial por medidas de segurança.
Em São Paulo, os sites do Ministério
Público do Estado e do Tribunal de Justiça de São Paulo foram desligados. A
assessoria da Caixa Econômica Federal em Brasília disse ao Portal Correio que
houve desligamento de sistemas para manutenção e negou que houvesse relação com
os ataques. Às 17h24, os sites do FGTS,
da Previdência e da Caixa estavam funcionando normalmente, apesar de relatos de
problemas identificados em outras partes do Brasil.
O INSS disse que os
serviços nas agências foram suspensos após indícios de ataque cibernético e os
atendimentos marcados para esta sexta (12) serão reagendados. Segundo o INSS, a
data de entrada de requerimento dos cidadãos agendados será resguardada. Os ataques registrados em 74
países foram provocados pelo vírus Ransomware. Segundo o gerente de Tecnologia
do Sistema Correio, Niedson Almeida, também teriam sido registrados ataques em
empresas na Paraíba. Ele falou que precisou adotar medidas de segurança desde
as primeiras horas da manhã para evitar a invasão do sistema.
"É de fato uma
epidemia, já com a confirmação de sistemas de grandes empresas totalmente
paralisados pelo vírus. Até agora (17h30), ninguém chegou a uma conclusão sobre
como parar a contaminação. O que temos feito é seguir recomendações da empresa
que nos dá suporte para evitar o acesso a uma série de endereços e arquivos,
considerados porta de entrada do malware", disse.
O ataque funciona como uma
espécie de sequestro dos sistemas, inclusive com exigência de pagamento para a
liberação. "Uma vez instalado no computador, o vírus criptografa todos os
arquivos e exibe uma tela dizendo o que o usuário precisa fazer para recuperar
os dados. Entre os passos mostrados, está o pagamento de um valor equivalente a
300 dólares, que devem ser pagos em uma moeda virtual, chamada bitcoim, que
depois é convertida em dinheiro real pelo invasor", explicou Niedson.
De acordo com o blog ‘Mundo
Bit’, do Portal NE10, o diretor global da equipe de investigação e análises da
Kaspersky Lab, Costin Raiu, afirmou que foram registrados mais de 45 mil
ataques. Além de órgãos governamentais, os ataques também afetaram hospitais da
Inglaterra e da Espanha, além de empresas telefônicas.
O ataque começa quando o
vírus cibernético WanaCryptor 2.0 se instala nos computadores e bloqueia todos
os dados. Com isso, o computador só volta a funcionar caso a empresa ou
proprietário ‘resgate’ o equipamento pagando uma tacha de U$$ 300. A orientação
é não baixar arquivos suspeitos, programas piratas ou fazer operações
desconhecidas na internet, além de manter o anti-vírus atualizado.
Por:
Alisson Correia, Halan Azevedo e Ainoã Geminiano (Correio da Paraíba)
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