As mudanças constantes no
clima, com sol, chuva, temperatura alta, tempo abafado, podem levar algumas
pessoas a desenvolverem pneumonia, que aparece em quem não tem doença pulmonar,
ou até broncopneumonia, que costuma afetar quem já sofre com alguma doença
brônquica, a exemplo do enfisema.
O diagnóstico é feito através de exames
laboratoriais e o tratamento basicamente com antibióticos. A falta de cuidados,
porém, pode levar à morte. Em 2016, foram 219 óbitos por broncopneumonia na
Paraíba, 27,3% a mais que no ano anterior. Por pneumonias, o aumento foi de
22,3%, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os dados solicitados de
2017 não foram enviados.
“Existe uma chance um pouco
maior nesse período do ano. No caso da pneumonia, é uma bactéria que está no
próprio paciente e chega ao pulmão”, destacou o pneumologista e professor
titular do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB), Ronaldo Rangel Travassos Júnior. Ele esclareceu que a pneumonia pode
acometer qualquer pessoa, mesmo que ela não tenha qualquer histórico de doença
pulmonar. “Já a broncopneumonia é uma infecção num paciente que já tem uma
doença brônquica como bronquite, enfisema, bronquiectasia. Esta, além dos
pulmões, afeta os brônquios”, explicou.
Neste caso, é preciso tratar
não só a broncopneumonia, mas também a doença brônquica. “Seja na pneumonia ou
na broncopneumonia, o tratamento é com antibiótico. No entanto, em alguns
casos, é necessária a prescrição de corticóides”, observou. O diagnóstico é
feito através de hemograma e PCR, além do raio X dos pulmões. Ele ressaltou que
o paciente nunca deve tomar antibiótico antes da confirmação da doença para não
desenvolver resistência à medicação.
Em relação à
broncopneumonia, as mais comuns são do enfisematoso e a do bronquítico. Em
alguns casos, pode não ocorrer febre e, nessas situações, conforme o médico, a
situação é mais grave. Prevenção. Há como prevenir a pneumonia e a
broncopneumonia. Isso pode ser feito através da vacina 13-valente.
“Ela ajuda a diminuir, nos
grupos de maior risco, as chances de surgimento ou agravamento das doenças e é
em dose única. A vacina anual da gripe também é importante, porque diminui a
chance no pós-gripe”, ensinou o médico Ronaldo Rangel. Fora isso, é preciso ter
uma vida saudável, comer bem, fazer exercício, não ter sobrepeso, nem
desnutrição e, caso tenha uma doença brônquica, tratar corretamente.
Portal
Correio
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