quarta-feira, 8 de maio de 2013

Advocacia Geral da União decide cobrar R$ 39 mil de ex-prefeito de Malta



A Advocacia-Geral da União (AGU) está movendo ações judiciais contra ex-prefeitos de várias regiões do país para cobrar a devolução de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos. O valor é referente aos gastos da Justiça Eleitoral com a convocação de novas eleições geradas pela cassação dos gestores municipais. Na Paraíba, nenhuma ação foi ajuizada até o momento, mas a Procuradoria está finalizando um pedido de ressarcimento contra o ex-prefeito de Malta, Ajácio Wanderley, cassado em 2008.

(Na realidade quem teve o mandato cassado foi Maurício e não Ajácio, acho que há um equívoco na matéria), grifo deTaciano Fontes .

De acordo com a assessoria de imprensa da AGU, a ação contra o ex-prefeito paraibano vai pedir a restituição de R$ 39.248,00 e deverá ser proposta em breve. Até o momento já foram ajuizadas 51 ações com pedido de ressarcimento. Outras 37 estão sendo finalizadas para serem protocoladas na Justiça Federal nos próximos dias. Ainda foram realizados seis acordos. No total, são acompanhados 94 casos. Os dados são do Departamento de Patrimônio e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União (DPP/PGU).

As ações são contra prefeitos que perderam os mandatos porque foram condenados em crimes como captação ilícita de sufrágio (compra de voto) e abuso de poder político e/ou econômico. Os valores vão restituir os gastos da União com os novos pleitos realizados.

Para o Diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da AGU, Renato Dantas, a medida tem caráter pedagógico e visa inibir que prefeitos continuem a praticar atos ilegais. "Eles precisam estar cientes que terão que devolver aos cofres públicos todos os gastos com as novas eleições realizadas por causa de ato fraudulento cometido que, consequentemente, gerou a cassação", destacou.

Minas Gerais tem a maior quantidade de pedidos de ressarcimento, com 21 casos que buscam reaver aos cofres públicos R$ 281.848,33. No entanto, com apenas seis ações, o Pará é o local em que os advogados tentam obter o maior valor.

Nesse estado, mais de meio milhão de reais devem retornar aos cofres da União. Individualmente, o maior pedido de restituição é em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, onde os ex-gestores terão que devolver mais de R$ 250 mil.

A quantia cobrada nas ações duplicou no período de um ano e meio devido ao acordo de cooperação técnica assinado entre a AGU e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que garante o repasse de informações entre os órgãos sobre os prefeitos que foram cassados por atos ilícitos cometidos durante o processo eleitoral.


Fonte: Jornal da Paraíba

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