O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, disse hoje (21) que está tudo “acertado” para que a reforma
da Previdência seja votada ainda este ano. Segundo ele, as alterações propostas
pelo relator da matéria na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), estão em
“fase final de ajustes”.
Meirelles participou nesta
terça de audiência pública conjunta de quatro comissões da Câmara: de Finanças
e Tributação, de Fiscalização Financeira e Controle, de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, e de Trabalho, Administração e
Serviço Público. Em sua apresentação, o ministro recorreu a gráficos e números
para falar sobre o ajuste fiscal e mostrar que “o país saiu da recessão e que
todos os indicadores apontam nessa direção”.
Ao comparar a situação atual
da economia ao começo do governo do presidente Michel Temer, Meirelles destacou
que a inflação acumulada em maio de 2016 era de 9,3% e que agora, em novembro,
está em 2,7%. “Em decorrência, nesse mesmo período, os juros da Selic [taxa
básica de juros] também caíram de 14,25% [ao ano] para 7,5%, e o risco pais
para os títulos com vencimento em cinco anos, foram de 328 para 173 pontos
base”.
O ministro também destacou
que o corte gradual das despesas do Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) ocorreu sem aumento da carga tributária,
mas reafirmou que o ajuste tem que vir de mudanças nas despesas obrigatórias,
especialmente as da Previdência.
Ao defender a aprovação das
mudanças na aposentadoria, Meirelles disse aos deputados que a reforma da
Previdência é a prioridade do governo neste momento e que se não for aprovada,
o Brasil terá que aprender a viver com as consequências. “É uma questão de
números. Sem reforma, dentro de 10 anos, 70% do Orçamento irá para a
Previdência.”
Questionado pelo deputado
Ivan Valente (PSOL-RJ) durante a audiência sobre a taxação de grandes fortunas
como forma de aumentar a arrecadação, Meirelles disse que o governo já tem uma
proposta para a taxação dos fundos exclusivos de aplicações que, segundo ele,
são todos de grandes fortunas.
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PB com Agência Brasil
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