O
dinheiro está garantido para pagar despesas, folha de pessoal e até o 13º
salário dos servidores, mas os gestores devem apoiar a reforma da previdência junto
a seus deputados
O presidente da Republica Michel
Temer (PMDB) liberou nesta quarta-feira (22), durante reunião com o líder do
governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), com o presidente da Confederação Nacional
dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski e o presidente da Federação das
Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), Tota Guedes, R$ 2 bilhões para
ajudar os municípios a pagarem suas dívidas.
Os recursos poderão ser
usados pelas prefeituras para o que mais precisarem, inclusive no auxílio para
o pagamento da folha de pessoal. A notícia veio numa boa hora, já que muitos municípios
paraibanos estavam enfrentando dificuldades financeiras para fechar o ano,
inclusive para realizar o pagamento do 13º salário dos servidores. No evento,
Temer destacou a força política dos prefeitos e disse que, no próximo ano, se a
economia melhorar, ele poderá liberar mais R$ 2 bilhões.
“Vocês, trabalhando em favor
da Previdência, junto aos deputados, vão permitir que, no ano que vem, quando
vocês vierem para a marcha [Marcha dos Prefeitos], nós possamos talvez anunciar
esses R$ 2 bilhões que estou mencionando. E se a economia melhorar
sensivelmente, quem sabem mais”, afirmou o presidente.
Após forte pressão entre os
parlamentares, a comitiva de prefeitos que esteve em Brasília comemora também a
derrubada pelo Congresso do veto que suspendia pontos da Lei 13.485/2017, que
parcela e concede descontos às dívidas previdenciárias dos Estados, do Distrito
Federal e dos municípios (VET 30/2017). Na prática, o veto que foi derrubado
devolve à lei, o chamado “encontro de contas”, que possibilita que os débitos
dos municípios com a União sejam descontados dos créditos que as prefeituras
têm a receber do governo federal.
A emenda que permaneceu no
texto foi editada pela Câmara dos Deputados e permite que os valores devidos
pelos municípios sejam revistos antes de um eventual parcelamento. A medida vai
beneficiar prefeituras que têm créditos previdenciários a receber da União,
seja pela restituição de contribuições patronais incorretas a governantes,
devolução de valores pagos indevidamente ou outras razões.
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