Familiares do jovem Oziel
dos Santos de 15 anos, residente na cidade de Desterro no sertão do estado, estão
insatisfeitos com a forma que o referido paciente vem sendo tratado no Hospital
Regional de Patos, o rapaz também está indignado e fez um desabafo na internet
sobre a situação precária enfrentada por eles nos corredores da referida
Unidade Hospitalar.
Oziel relata que nos últimos
dias se sentiu mal e precisou procurar o postinho de saúde da sua cidade que o
encaminhou ao Hospital de Taperoá e depois a uma Clínica Particular que o
encaminhou ele até Patos para procedimentos mais aprofundados. O jovem disse que realizou diversos exames e está
internado desde a última terça feira 21/11 esperando por uma cirurgia provavelmente
de apendicite, segundo ele, o doutor responsável pela operação, vem adiando a
data da intervenção médica, lhe causando ansiedade e sofrimento dele e de seus familiares.
No desabafo, o rapaz narra com
clareza de detalhes os momentos dramáticos vividos por ele em decorrência da
doença, são fortes dores pelo corpo, febre alta, tontura, vômitos, diarreia, falta
de apetite, perca de peso, dentre outros sintomas e ressalta o descaso dos
setores competentes, quanto à falta de atenção humanizada para as pessoas que
precisam recorrer a esses serviços de baixa qualidade.
A
seguir reproduzimos a indignação do paciente de Desterro que se
revolta e questiona o Hospital de Patos
Ai eu pergunto: HRP
tenho que morrer para poder me operar?
Durante
esses dois dias de terça-feira 21 e quarta-feira 22 de Novembro deste, talvez
até dia 23 tenha que viver essa triste experiência de estar em um hospital
público no estilo HRP. Eu sou do tipo que haja o que houver prefiro ficar em
casa, por saúde só vou ao hospital se for à última coisa a fazer.
E
aqui começa nossa história, a mais de 9 dias meu irmão de criação, José Oziel
Santos, de 15 anos, da Cidade de Desterro PB,
começou a sentir dores intestino passando a ter falta de apetite,
vômitos, diarreia, febres de até 38ºC em seguida começou a ter dificuldades
para urinar devido as dores. Chegando assim o caso de leva-lo ao hospital, por
duas vezes estivemos na unidade de saúde das Malvinas em Desterro e por duas
vezes o médico passou o mesmo medicamento, com aqueles procedimentos de
"Postinho" que é.
Não
obtendo resultados nem melhoras no quadro do paciente Oziel, o encaminhamos
para o hospital de Taperoá, lá pela primeira vez foi solicitado um exame de
sangue e de urina e realizado no mesmo local, no exame de sangue alteração no
sangue e o exame de urina onde não constatou nada além do princípio de infecção
urinária, consequência do que é realmente o afligia.
Em
busca de soluções procuramos uma clínica particular para que um médico a área
gastrointestinal pudesse avaliar o mesmo, em uma simples análise do paciente e
aplicação de um questionário bem profundo sobre os sintomas de Oziel, o médico
chegou à conclusão que o seu problema era a apêndice que poderia está inflamada.
Este procedeu com o encaminhamento para o Hospital Regional de Patos, onde por
escrito destacou a urgência do processo de Cirurgia.
Hoje
faz 2 dias perambulamos em busca de soluções, como a requisição foi que o
paciente fosse para a Ala vermelha devido a gravidade do caso José Oziel Santos
de 15 anos deu entrada naquele hospital na manhã deste dia 21/11, os primeiros
procedimentos foi à coleta de sangue para exame em seguida uma ultrassom. No
exame de sangue constatou que realmente havia uma alteração no sangue do
paciente já ultrassom o médico informou que não ficou Claro o problema da
inflamação.
E
hoje 22/11 novos exames de sangue foi feito e não mais ultrassom porque ouvi de
funcionários que a máquina está quebrada!
Além destes foram pedidos outra série de exames a maioria pagos pela
família do paciente porque o hospital não disponibiliza estes serviços. A falta
de vergonha e a humilhação dos nossos serviços públicos começam aqui.
Depois
de passar esse tempo todo e fazer os procedimentos até mesmo os procedimentos
pré-operatório, passando fome e sede como é exigido, para chegar o médico e
simplesmente dizer que a barriga do paciente não está grande, não está inchada o
suficiente. Só lembrando que o paciente já está a mais de 9 dias sem se
alimentar e com as contrações das dores e dos vômitos durante todo esse tempo.
Ai
eu pergunto: HRP tem que morrer para poder operar? A barriga tem que esta em
dias de estourar podre? Porque se diante
de tudo isso não tiver conclusões de que há uma necessidade para um
procedimento cirúrgico então é esperar morrer. Porque se não ver no ultrassom, solicite a
tomografia, se na tomografia não ver, abra o paciente e veja com os próprios
olhos, o que não pode é esse joga pra qui joga pra lá!
O
que menos me orgulha nesse Brasil é justamente isso, a falta de interesse, a
falta de vontade, a falta de compromisso das pessoas em garantir a saúde,
educação, a qualidade de vida para as pessoas. O que não falta mesmo é a
vontade de Ganhar muito dinheiro R$.
Espero
aqui uma resposta do HRP uma resposta do médico, não só para mim, mas para a
sociedade, eu também me solidarizo com os outros pacientes que vi durante dois
dias que estive no hospital a mercê dá sorte, à mercê da morte! Uma morte que
vem escolher quem levar naquela fila, naquele leito.
Reservamos ao Hospital de Patos o direito de resposta, como também o direito ao
contraditório.
Fonte: Redação com Desterro1
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