quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PF acusa advogado e servidora da UFPB de comandar quadrilha que fraudou o INSS



Um advogado e uma funcionária aposentada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) comandavam um esquema criminoso especializado na obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários, mediante a utilização de documentos falsos, conforme apontou a Polícia Federal. Segundo as investigações, o prejuízo aos cofres públicos supera os R$ 700 mil, em quatro anos.

Eles foram presos na manhã desta quarta-feira (11) durante a operação ‘Falso Chico’. As investigações se iniciaram quando os servidores do INSS detectaram que uma mesma pessoa requereu o benefício previdenciário, várias vezes, usando documentos falsos. Trinta benefícios fraudados pela quadrilha foram detectados. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e quatro de prisão.

A PF identificou a participação de um servidor do Estado, responsável pela coleta e preenchimento de fichas de identificação civil, gerando a falsificação de Carteiras de Identidade do Estado da Paraíba. De posse desses falsos RGs, a quadrilha consegue os demais documentos necessários para a obtenção fraudulenta dos benefícios previdenciários.

Segundo informações da Polícia Federal, durante as investigações, que se iniciaram em meados de 2012, foi verificado que o principal integrante da quadrilha e mentor intelectual das fraudes reside em João Pessoa, mas possui em Campina Grande o seu principal colaborador, responsável, dentre outras coisas, por cooptar pessoas para se apresentarem ao INSS portando os documentos falsos confeccionados pela quadrilha.

A operação policial foi denominada 'Falso Chico', porque a maioria dos nomes fictícios utilizados pela quadrilha iniciavam-se por Francisco.


Por Hyldo Pereira, com Ascom PF


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