Roberto
Stuckert Filho/PR
|
A presidente Dilma Rousseff
sancionou nesta segunda-feira (9) no Palácio do Planalto a lei que destina os
royalties do petróleo para investimentos nas áreas da educação e saúde. O texto
assinado pela presidente é o mesmo aprovado no dia 14 de agosto pelo Congresso
Nacional, sem vetos, com destinação de 75% dos valores para a educação e 25%
para a saúde. O primeiro repasse, de R$ 770 milhões, deverá ser feito ainda em
2013; chegando a R$ 19,96 bilhões, em 2022, e a um total de R$ 112,25 bilhões
em dez anos.
Em seu discurso, Dilma
afirmou que a nova lei será responsável por tornar “irreversível a superação da
desigualdade no País”. “Vamos assegurar um patamar de desenvolvimento similar a
dos países desenvolvidos”, prometeu a presidente. Segundo ela, a destinação dos
recursos para saúde e educação assegura “nossa independência”. “Tenho certeza
que com educação de qualidade todos os brasileiros serão mais independentes,
livres e felizes!”.
A presidente reiterou em
vários momentos da sua fala que a educação de qualidade e a valorização dos
professores são itens fundamentais no acesso ao ensino. “A educação é cara,
onerosa, mas, não se pode economizar porque sua ausência significa a vitória da
ignorância”, afirmou Dilma. A presidente também defendeu a nova lei ao tratar
de investimentos “em médicos e na infraestrutura” para melhorar a qualidade no
atendimento à saúde.
Pelo texto, a aplicação de
50% dos recursos do Fundo Social vai para saúde e para educação até que se
cumpra a meta de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação do Plano
Nacional de Educação (PNE). Pelo projeto, a expectativa é que, em até 15 anos,
os rendimentos obtidos pelo fundo sejam suficientes para cumprir as metas do
PNE e da saúde. A mudança, no entanto, vale apenas para os novos contratos da
União. Os campos em atividade, que permaneceram controlados pelos governos
estaduais, ficaram fora da proposta.
O projeto aprovado na Câmara
e que seguiu para a sanção de Dilma contrariava em parte o projeto do
Executivo. Foi derrubada a proposta que previa apenas a destinação dos
rendimentos do Fundo Social, e não do total de recursos. A verba respeitará a
proporção de 75% para educação e 25% para a saúde.
O ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, afirmou que hoje é um dia histórico para a educação e que a
nova lei será o “maior legado” do governo Dilma. "A destinação de 100% dos
royalties para educação não nasceu nas ruas. Essa bandeira é da presidenta
Dilma!", disse. Pouco antes, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
reiterou a importância dos recursos dos royalties para melhorar o sistema de
saúde no País e citou o “passo corajoso” do programa Mais Médico.
Fonte:
iG São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário