Em imagens realizadas por funcionários do Instituto de
Saúde Elpídio de Almeida (Isea) de Campina Grande, foram flagrados atendimentos
sendo realizados em corredores e partos acontecendo em sofás na maternidade
referência em atendimento público na região Agreste da Paraíba. De acordo com o
Ministério Público, foi aberto procedimento para investigar o caso e apurar os
responsáveis.
Nos flagrantes realizados, uma mulher é atendida no
corredor do hospital, outra aguarda atendimento deitada em um colchão no chão
da unidade de saúde e uma gestante é atendida por uma equipe médica enquanto dá
a luz em um sofá. Para o promotor Luciano de Almeida Maracajá, a situação
degradante fere princípio constitucional e é inaceitável.
"É uma conduta que fere frontalmente e de maneira
definitiva a dignidade da pessoa humana. É inconcebível que mães deem a luz em
sofá, que seres humanos sejam atendidos no chão. Por maior que seja o caos na
saúde pública, esse tipo de comportamento é inadmissível", assegurou o
promotor da Saúde de Campina Grande.
A maternidade do Isea atualmente conta atualmente com 116
leitos médicos, mas chega a atender até 150 pessoas simultaneamente, conforme
dados da própria direção da unidade hospitalar. De acordo com a diretora
administrativa Marta Albuquerque, o problema se deve à pouca oferta de médicos
e à grande demanda por atendimento.
"Os outros hospitais passam vários dias sem obstetra
de plantão. O único hospital para atender os pacientes é o Isea e com isso
ficamos em situação de superlotação. Nós não temos o número de obstetra na
cidade suficiente para suprir todas as necessidades", afirmou a diretora.
Do
G1 PB
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