O Complexo Pediátrico
Arlinda Marques abriu uma sindicância para apurar um erro médico que teria
ocorrido dentro da unidade. O caso foi denunciado nessa quinta-feira (23) após
um adolescente de 15 anos ter sido operado de fimose (tecido que cobre a parte
superior do pênis), quando deveria ter passado por um procedimento cirúrgico na
vesícula.
O hospital é situado no
bairro Jaguaribe, em João Pessoa. O pai do garoto, que não quis ser identificado,
relatou que o menor deu entrada no hospital para retirar pedras na vesícula,
após exames comprovarem o problema de saúde. A família desconfiou do possível
erro quando o rapaz saiu da sala de cirurgia.
- Quando eu voltei para o
hospital para saber como foi a cirurgia do meu filho fui observar o tamanho do
corte na barriga e daí não encontrei nenhum curativo. O meu filho ainda sob
efeito da anestesia apontou para parte um pouco abaixo da barriga e, quando fui
olhar, percebi que ele tinha feito uma cirurgia de fimose. Ele não tinha
problema de fimose. Chamei o médico, falei do erro e ele, na hora, me pediu
desculpas pelo ocorrido – disse o pai.
Após a constatação do local
errado da cirurgia, o garoto passou por novo procedimento cirúrgico. “Eu disse
que só saia do hospital, após meu filho fazer a cirurgia certa. Ele entrou
novamente na sala para fazer nova cirurgia. Isso é um absurdo um erro desses. O
médico falou que trocaram as fichas”, observou. “E meu filho foi quem sofreu
pelo erro dos outros?”, indagou o pai, inconformado. O adolescente está
internado em uma das enfermarias da unidade de saúde e se recupera bem.
O diretor geral do complexo
pediátrico, Bruno Leandro de Sousa, adiantou que está fazendo a análise dos
prontuários para identificar se houve mesmo erro no procedimento. Ele adiantou
que o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) já foi comunicado e
abriu investigação. A sindicância deve durar 30 dias.
- Recebemos a denúncia da
família sobre um possível erro no procedimento cirúrgico e vamos apurar. Tudo
está sendo apurado e o adolescente está sendo assistido. As investigações irão
apontar se houve um equívoco do profissional de saúde – comentou o diretor.
Nem a direção do hospital e
nem os pais do garoto revelaram o nome do médico.
Por
Hyldo Pereira
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