Imagem meramente ilustrativa -créditos da internet |
A Polícia Federal deteve há
pouco, no Maranhão, o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho
Neto. Filiado ao PMDB, ele é suspeito de fazer parte do esquema que desviou
cerca de R$ 73 milhões da Caixa Econômica Federal (Caixa), no final de 2013. O
crime é tratado como a maior fraude já sofrida pela instituição.
Segundo o delegado federal
Omar Pepow, o suplente foi detido entre as cidades de Carolina e Estreito, na
região sul do estado. Neto está sendo conduzido para Araguaína, onde deve
prestar depoimento ainda hoje (18). Pepow afirmou à Agência Brasil que ao investigar
a fraude denunciada pelo próprio banco estatal, a PF encontrou indícios de que
Neto forneceu uma conta de luz de uma ex-empregada sua para que integrantes do
esquema abrissem uma conta-corrente numa agência da Caixa de Tocantinópolis
(TO).
Pouco tempo depois, os cerca
de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta, como se fossem o pagamento de
um prêmio da mega sena que nunca existiu. Por fim, o dinheiro foi transferido
para várias contas. Durante as investigações das denúncias apresentadas pela Caixa,
a PF prendeu o ex-gerente-geral da agência de Tocantinópolis Robson Pereira do
Nascimento.
De acordo com o delegado
federal, há gravações de conversas telefônicas, obtidas com autorização
judicial, em que o ex-gerente, pouco antes de ser preso, pede ajuda a Neto para
se defender, demonstrando já ter conhecimento de que a PF investigava o assunto
e identificara alguns dos envolvidos no esquema. Segundo a PF, aproximadamente
70% do total desviado já foram recuperados. As investigações continuam. Quatro
pessoas estão sendo procuradas.
Além de cinco mandados de
prisão preventiva, a Justiça expediu, dez mandados de busca e apreensão e um de
condução coercitiva a serem cumpridos em Goiás, Maranhão e São Paulo. Ao todo,
65 policiais federais do Tocantins, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo
participam da operação, que recebeu o nome de Éskhara e conta com o apoio do
Ministério Público Federal (MPF).
VITRINE
DO CARIRI
Agência
Brasil
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