O PSDB nacional tem pressa e já marcou a data. No mais
tardar em janeiro, o senador Cássio Cunha Lima terá que se decidir se cede a
pressão e aceita disputar o governo do Estado, rompendo assim a aliança com o
governador Ricardo Coutinho (PSB), ou se adiará para 2018 o sonho de voltar ao
Palácio da Redenção. Principal partido de oposição ao governo do PT, o PSDB
nacional quer refletir com bastante cuidado sobre a situação na Paraíba, sob a
perspectiva da campanha presidencial em torno do nome do senador mineiro e
presidente da legenda, Aécio Neves.
De acordo com o jornalista Marcos Alfredo, a conveniência
ou não para os tucanos sobre a candidatura do também senador Cássio Cunha Lima
é o grande ponto de discussão dentro da sigla. Como principal protagonista no
processo, Cássio será convocado para uma reunião de cúpula, durante o mês de
janeiro, quando haverá uma definição completa sobre a situação do senador
paraibano no ano eleitoral de 2014. Na ocasião, os tucanos vão decidir se será
mais interessante que Cássio concorra às eleições ao Governo do Estado na
Paraíba ou participe como um dos principais coordenadores da campanha de Aécio.
Na Paraíba muitos tucanos a exemplo do senador Cícero
Lucena e do deputado federal Ruy Carneiro, defendem que o melhor seria mesmo
ter o ex-governador na disputa pelo Palácio da Redenção. No visão desses
tucanos, essa decisão fortaleceria o partido no Estado, ampliaria o poder de
coesão em torno do nome de Aécio na Paraíba e não deixaria o partido a reboque,
mais uma vez, do projeto do PSB - que também já tem pré-candidato lançado: o
governador Eduardo Campos, do vizinho Pernambuco, e presidente nacional da
legenda do governador Ricardo Coutinho.
A questão jurídica, naturalmente, fará parte da análise
do Caso Cássio por parte do PSDB. Para o partido, só haverá sentido em se
assumir o risco de uma candidatura majoritária com absoluta margem de certeza
de que não haverá "adversidades legais", ainda por conta da lei da
Ficha Limpa. Embora haja sentimento de segurança em relação à questão, a
intenção da cúpula tucana é, principalmente, de não expor o importante quadro
em um intrincado jogo de polêmica em plena campanha nacional.
Alguns aliados de Cássio, a exemplo do vice-governador
Rômulo Gouveia (PSD), sabem que a decisão de Cássio e encarar uma nova campanha
e o rompimento com o aliado Ricardo, requer uma análise profunda. E terá forte
influência na decisão partidária do PSDB nacional.
VITRINE
DO CARIRI
PBAgora
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