O Tribunal de Contas do
Estado (TCE) emitiu parecer contrário a aprovação de contas de 24 municípios
paraibanos que aplicaram investimentos abaixo de 25% de suas receitas na
manutenção e desenvolvimento da Educação. A constatação é resultado de um
levantamento efetuado nos 224 processos de prestação de contas anuais, de
diversos exercícios, julgados no ano passado.
A aplicação de 25% dos
recursos resultantes de impostos e proveniente de transferências na manutenção
e desenvolvimento do ensino é estabelecida pela Constituição Federal. A
Prefeitura de Serra Grande, no Sertão, foi a que aplicou o menor percentual de
investimentos na Educação. No exercício de 2011, o município investiu apenas
19,30% da receita corrente líquida no ensino municipal.
Em seguida aparece o
município de Curral de Cima, que em 2011 destinou 19,83% em recursos para e
educação pública. “Corroborando com o entendimento de que a educação é um
mecanismo indispensável ao alcance da concepção plena de cidadania, o Tribunal
de Contas do Estado da Paraíba examina com particular argúcia, o cumprimento
dessa exigência”, disse o presidente do TCE, conselheiro Fábio Nogueira.
Algumas prefeituras
receberam parecer contrário à aprovação das contas por dois exercícios seguidos.
É o caso da Prefeitura de Imaculada que no exercício de 2011 atingiu apenas
20,08% de aplicação de recursos em educação. Em 2010, o município também
apresentou percentual inferior aos 25%, aplicando apenas 24,14% da receita em
educação.
O cenário é o mesmo na rede
de ensino municipal de Ingá. Em 2011, a prefeitura investiu 24,14% na educação,
percentual ainda menor que os 24,80% investidos no ano de 2010 pela gestão. Nos
dois casos, o conselheiro Renato Melo emitiu parecer contrário à aprovação das contas.
No caso do município de São
José dos Ramos, o TCE emitiu parecer pela reprovação de contas por dois
exercícios seguidos, 2010 e 2011. O município investiu, respectivamente, 24,88%
e 24,85% na educação pública. Em Riachão do Bacamarte, os investimentos em
educação atingiram o patamar de 29% em 2010, porém, no ano seguinte a aplicação
foi reduzida para 24,02%. Nos dois casos, o TCE emitiu parecer pela reprovação
das contas.
Mesmo passando pela
administração de dois gestores no ano de 2011, os investimentos em educação no
município de Marcação não atingiram os 25%. Conforme relatório emitido pelo
TCE, os dois prefeitos aplicaram, cada um, 21,06% e 19,97%.
Na lista dos municípios que
aplicaram percentual inferior aos 25% estão ainda: Marizópolis (22,85%); Catolé
do Rocha (22,42%); Sapé (22,56%); Pitimbu (22,87%), Catingueira (23,09%);
Riacho dos Cavalos (23,15%); Juru (23,86%); Pedra Lavrada (23,90%); Livramento
(24,13%); Queimadas (24,23%); Serra Branca (24,33%); Pilar (24,37%); Cabedelo
(24,38%); Barra de São Miguel (24,40%), São Sebastião de Lagoa de Roça
(24,41%), Pedras de Fogo (24,73%), Monte Horebe (24,80%) e Cruz do Espírito
Santo (24,87%).
Michelle
Farias - Jornal da Paraíba
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