Às 19h33 deste sábado (16),
o ônibus com os 9 réus condenados que vieram a Brasília de São Paulo e Belo
Horizonte entrou no presídio. Poucos minutos depois, os ex-tesoureiros Delúbio
Soares (PT) e Jacinto Lamas (PL, ex-PR), que estavam presos na Superintendência
da PF, também chegaram ao local.
A detenção foi confusa e
marcada por desentendimentos entre polícia e instâncias da Justiça. A PF queria
que os presos fossem à penitenciária da Papuda, que é isolada de Brasília e
pode receber tanto presos em regime fechado quanto em semiaberto, para evitar
confusão na frente de sua Superintendência Regional --que fica dentro da
capital.
A Vara de Execuções Penais
do DF, designada pelo Supremo para cuidar dos presos, no entanto, não recebeu a
chamada carta de sentença com orientações sobre como proceder com cada um dos
condenados. O juiz da vara, Ademar Silva Vasconcelos, queixou-se de não ter recebido
o documento do relator do caso, o presidente do STF, Joaquim Barbosa. O
ministro não se manifestou.
A PF pressionou para enviar
os detidos à cadeia, até porque só possui duas celas e quatro camas em sua
superintendência local. Não estava claro até a conclusão desta edição se o juiz
tomou a decisão sozinho. Além disso, durante o dia todo um carro de som
contratado pelo PT-DF ficou na frente do prédio, que se situa no final da Asa
Sul de Brasília. Houve palavras de ordem e o hino socialista "A Internacional"
tocado alto.
No auge do protesto, no
começo da noite, havia cerca de 80 pessoas no local, inclusive uma deputada
federal, Erika Kokay (PT-DF). Manifestantes empurraram e provocaram
jornalistas. Os presos fizeram um périplo aéreo. O ex-ministro José Dirceu e o
ex-presidente petista José Genoino foram pegos no começo da tarde em São Paulo
por um jato EMB-145 da PF.
Ninguém estava algemado,
seguindo decisão do Supremo que só determina a medida em caso de risco de
violência. De lá, o avião foi a Belo Horizonte, onde recolheu o operador do
mensalão, Marcos Valério de Souza, e outros seis condenados. Chegaram a
Brasília às 17h45. As duas mulheres do grupo devem ser encaminhadas a uma
unidade feminina.
Fonte:
Vitrine do Cariri
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