terça-feira, 26 de novembro de 2013

Família aponta negligência de maternidade em morte de bebê na PB



Um bebê morreu minutos após nascer na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande. O caso, que aconteceu no fim de semana, tornou-se público nesta segunda-feira (25), após a família desconfiar que uma demora no procedimento possa ter sido a causa da morte. A diretoria do Isea explica que o parto aconteceu normalmente e que o óbito teria sido decorrente de um problema respiratório.

Segundo familiares, em entrevista à TV Paraíba, a mãe do bebê começou a sentir as contrações na sexta-feira (22) e foi encaminhada para o Isea. Na entrevista, a tia do bebê explica que o trabalho de parto durou cerca de 22 horas e que o nascimento aconteceu no sábado (23), após uma cesária. Alguns minutos depois o bebê faleceu. Segundo a tia do bebê, a família desconfia que a morte teria sido decorrente da demora em realizar o parto cesário e que o bebê era muito grande para nascer através do parto normal.

De acordo com a diretoria técnica da maternidade, o procedimento de parto aconteceu dentro da normalidade. “O bebê chegou a um estágio em que aconteceu a dilatação completa e ele não desceu, por isso foi indicado a cesariana e o bebê foi retirado desta forma”, explica Lúcia Ribeiro, diretora técnica do Isea.

A diretora explica também que ao realizar o parto, os médicos detectaram que o bebê havia sofrido da síndrome de aspiração de mecônio, que é quando o bebê elimina suas primeiras fezes dentro da bolsa amniótica e acidentalmente aspira esta substância. “O parto aconteceu dentro do tempo previsto pela obstetrícia e pelo Ministério da Saúde. A aspiração deste conteúdo foi o que pode ter causado o óbito”, cita Lúcia.

O G1 entrou em contato com a Polícia Militar, o Conselho Tutelar e o Ministério Público, mas nenhum dos órgãos havia sido notificados sobre o caso até a manhã desta terça-feira (26). A diretoria da maternidade garante que em casos parecidos o Isea está disposto a ouvir e dar respostas à população, bem como averiguar se aconteceu falha por parte de algum profissional em qualquer procedimento realizado na instituição.

Do G1 PB com TV Paraíba

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