Uma operação conjunta do
Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia
Rodoviária Federal resgatou, em Serra Branca, a 234 km de João Pessoa, 21
trabalhadores em situação análoga a de escravos. Eles trabalhavam nas pedreiras
Tamboril e Sítio Serra Verde, pertencentes ao vereador Carlos Kléber Ribeiro
Barros. As pedreiras foram interditadas. A operação do Grupo Especial
Interinstitucional de Fiscalização Móvel teve a participação do procurador do
Trabalho Ulisses Dias de Carvalho.
O procurador disse que vai
representar o vereador junto ao Ministério Público Federal por trabalho
escravo, bem como no Ministério Público Estadual por ato de improbidade
administrativa porque ele usava uma escola municipal para alojar os
trabalhadores. Ulisses revela ainda que também vai representá-lo na Câmara
Municipal de Serra Branca por falta de decoro parlamentar.
Inicialmente, foram
encontrados nove trabalhadores em condições degradantes, sem registro na
carteira de trabalho, sem equipamentos de proteção individual, em ambiente sem
instalações sanitárias nem refeitório. O local para descanso era precário,
feito de taipa, papelão e madeira. Além disso, a água fornecida não era potável
e o manuseio de explosivos era feito de forma artesanal e sem nenhum tipo de
treinamento. Eles recebiam por produtividade.
Depois, as autoridades
visitaram o alojamento que ficava numa escola municipal abandonada, em péssimo
estado de conservação e limpeza. O vereador Carlos Kléber assinou Termo de
Ajuste de Conduta, com 41 itens, e comprometeu-se a pagar todas as verbas
rescisórias e indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 10 mil.
Portal
Correio com assessoria
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